“Und wie du wieder aussiehst, Löcher in der Hose und ständig dieser Lärm/ Und dann noch deine Haare, da fehlen mir die Worte/ Must du die denn färben ?” . Em 2007 esta canção dos Die Ärtze estava no top alemão e era uma afirmação de protesto dos pais contra o look punk de um filho. A letra diz mais ou menos o seguinte : “e como tu pareces, buracos nas calças e sempre esse barulho/ e faltam-me as palavras para os teus cabelos, tens mesmo que os pintar”.
Uma década decorrida o protesto juvenil tornou-se High Fashion. Abra-se uma revista de moda e encontram-se pullovers destruídos nas colecções de Valentino ou de Victoria Beckham.
Algumas peças de roupa parecem tão gastam que dão a sensação que os compradores de marcas de luxo fizeram algo que nunca fariam na vida, estilo esfregar a mansão de joelhos ou passar o dia todo a cavalo como um cowboy texano.
As rainhas do look usado são naturalmente as calças jeans. O movimento Punk inventou os buracos nas calças, Vivianne Westwood tornou-o moda ao vestir os Sex Pistols e mais tarde a designer japonesa Rei Kawakubo criava tecidos gastos e rasgados que entraram para história da moda com a controversa designação “Hiroshima Chic”.
O curioso nesta tendência – os jeans para serem destroyed são lavados com ácidos, pedras e tratados com laser – é que ela tem tradição. Os grandes proprietários da Baviera antes de vestirem os tradicionais calções de pele de veado davam-nos aos servos para os usarem algumas vezes, porque não era de “bom tom” usar calções que não tivessem um aspecto gorduroso.
Ou seja, a tradição ainda é o que era.
E se querem um conselho, quem tem filhos adolescentes tem tudo, não digam alto ou não contem aos pais o que pagaram pelos buracos nas calças.
Estás melhor Helena? Desejo-te um Bom Ano
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Bom Ano Carlitos. Não estou melhor.
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Johnny Lyndon dizia numa entrevista à “Rock & Folk”: “ser punk em 1980 é como ser hippie em 1976”. De facto, o tradicionalismo continua
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