Os lápis, em si, são banais. Vendem-se em qualquer papelaria ou estão a uma mão de agarrar numa qualquer prateleira de supermercado. Será mesmo assim? Não encerram os lápis de cor e as canetas de feltro a possibilidade de um jardim? Ou de algo bonito? Um momento só nosso, de isolamento, o regresso a um momento lúdico da infância ou a quebra de padrões?
No mundo frenético em que vivemos os livros de colorir para adultos tornaram-se numa espécie de antídoto contra dispersão de atenção e um alívio para tensões acumuladas. Não causa surpresa portanto que sejam um fenómeno viral à escala planetária.
Em Portugal a Editorial Presença foi a primeira a publicar um livro de colorir para adultos, em 2014, o “Arte-Terapia Anti-Stress: Jardins”, de Ana Bjezancevic.
Curioso neste fenómeno é que, tal como no relvado, quem ganha no final é a Alemanha. Hahhhh? Simples, basta dar um salto até Nuremberga onde se situam os principais fabricantes mundiais e lápis de colorir. Por exemplo, a Staedtler produz agora com três turnos, seis dias por semana e estão no limite para dar resposta à procura. A cerca de dez quilómetros de distância, em Heroldsberg também a Stabilo-Schwan introduziu turnos adicionais e compraz-se com os crescimento de dois dígitos no volume de negócios, o mesmo se passa na Faber-Castell e na Lyra.
E para não dizerem que não se aprende nada neste blog ficam alguns conselhos para um momento ohmmmmmmm:
– Escolha bem o material que vai usar para pintar e disponha-o de uma forma ordenada sobre a mesa;
– Pinte num lugar arejado e escute uma música calma;
– Deixe-se conduzir pelas cores e ouse pintar “fora da moldura” ,não há certos nem errados na actividade criativa;
– Se tiver crianças em casa esconda os seus livros de colorir (aja como o seu filho faria) em particular se forem mais malandrecos.
De nada.