
Não sei se já alguma vez montou sem sela, nem estribo, nem freio, de olhos fechados. Este contacto directo entre cavalo e cavaleiro permite sentir a suavidade do pelo, a calma do corpo do cavalo, a confiança dos seus movimentos. Liberdade absoluta. Vulnerabilidade absoluta.
Sem violência, sem intimidação o cavalo é controlado pela voz. Pela palavra apenas.
Unir aquilo que está separado é um dom. Poucas coisas na vida o têm.
Eu gosto muito da força das palavras, conseguem aproximar mundos apartados. Cavalo e cavaleiro, cavaleiro e cavalo.
Li que os dicionários Oxford elegeram como “palavra” do ano um pictograma, o emoji com lágrimas nos olhos ao rir. Pergunto-me se num mundo hiper-mediatizado não estaremos a criar processos de insensibilização? Em que a palavra se esvazia de significa e os sentimentos são leves e fugazes. Banais.
Li que há uma empresa que oferece aos cobardes o serviço de acabar com uma relação (por carta, por e-mail ou por telefone).
Li que o Facebook está pensar limitar os conteúdos nas timelines de ex-amantes que apesar de se terem separado na vida real mantém amizade no Facebook, para “evitar o sofrimento”
Num mundo onde se está 24 horas disponível, com a ilusão de “fazer parte”, de a solidão não ser tão espessa nas tardes de domingo, escasseia o silêncio e a reflexão, escasseia o olhar o outro nos olhos sem a mediação da tecnologia.
Não será no silêncio e no outro que encontramos a nossa voz?
a sua cabeça nunca descansa?
já agora… “maschamba” acabou, com muita pena minha.
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Não. O pensamento trava o aparecimento de rugas 🙂
Refere-se ao Blog Maschamba?
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isso não se faz.
então, só agora, depois de todos estes anos, quando pareço uma castanha pilada é que me diz isso?…
francamente!
ah, dê um braço meu ao cavalo.
e sem ser nada a propósito de nada. a Mafalda (será que não me enganei?) está impossível ou não?
e, já agora, será que lhe disse que estou à espera do(a) meu oitavo neto? esta gente não tem juízo 🙂
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