Voltar ali
Numa noite sem lua
Procurar o sobressalto da luz
Que se abriga nos teus olhos
Não são azuis como safiras,
Mas mar sem horizonte onde me perdi
Neles competem espuma, conchas e corais
Desassossego que morde com os lábios da paixão
De mãos vazias de ti
Invento-nos na memória das palavras
Que me escreveste na pele com a ponta dos dedos
Peço às constelações por empréstimo o brilho do teu olhar
E a redenção virá ao saber
Que nas noites sem lua,
Quando te chamo na praia deserta que trago em mim,
Se abriga na luz sem véu dos teus olhos
A pérola redonda das coisas que o meu amor náufrago deixou em ti.
Helena Ferro de Gouveia
Um lindo poema, Helena. As minhas saudações amigas!
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Obrigada Luis, um abraço.
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