Lágrimas?
Do avesso das pálpebras soltam-se
Em missangas de sal instantes que foram vivos.
Lágrimas?
Poentes de ternura recolhidos
Ventos que voltam mas não te devolvem.
Lágrimas?
Meus lábios sem ocupação
Dedos desatentos sem corpo para percorrer.
Lágrimas?
Feitiço sem redenção que me habita
Como as estrelas ocupam o céu.
O gume que me sulca o rosto és tu.
Helena Ferro de Gouveia, 2014
Estou a gostar muito desta sua veia de poeta 🙂
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Obrigada Ana. Um beijinho.
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Parabéns. Adorei seus poemas
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Muito obrigada Octávio.
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