Prefácio: Mãe com a cabeça algures entre um eventual golpe de Estado na Eritreia e o rescaldo do sequestro na Argélia. Trimmmm.
-” Mami, tenho uma coisa para te contar”. -“Diz querida ( falta meia hora para a emissão, ohmmmm)”. -“Hoje apliquei primeiros socorros (mãe a imaginar dedos cortados,arranhões nas pernas ou cabeças partidas. Atendendo à variável densidade populacional lá de casa, entre pré-adolescentes precoces e adolescentes, nenhum cenário é de excluir)”. – “O que se passou?”. – “Nada de grave. A tua Amaryllis partiu-se e eu colei-lhe um penso e fiz-lhe uma tala (com palitos)”.
Posfácio: ele há momentos em que se a filha não fosse minha a adoptava.
As Amaryllis são também habitantes da nossa casa. E olhe que pensos desses nas folhas já tenho feito e se a ferida não for total ela até se recupera 🙂


Mas no caule da flor… nunca tentei 🙂
Durante muito tempo chamei-lhes assim (e ainda chamo!) mas depois descobri que o termo mais correcto é Hippeastrum, pois parece que Amaryllis é para os bolbos da África do Sul, que se cultivam no exterior.
Se porventura desejar pode ver a minha pequena colecção:
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Desconhecia essa designação. Adoro estas flores, embora sejam frágeis são imponentes. As suas fotografias estão muito bonitas.
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Obrigado, estava a ver se encontrava fotografias da aplicação do meu “penso”, mas é fácil de descrever: primeiro cortei dois pequenos rectângulos de cartão que apliquei por fora para reforçar a fragilidade e depois fita cola por cima do cartão.
Mas por favor não conte isto à sua filha se não desconfio que a pobre planta será sujeita a testes práticos 🙂
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Pobre planta. Ainda me lembro 🙂 de uma poda que ela fez com a tesoura de trabalhos manuais a outra planta ( bem na altura devia ter aí uns quatro aninhos).
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Adorei o posfácio. E essa mãe que, numa situação de stress, não diz “agora não posso – falamos mais tarde!”
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Um dos maiores medos que tenho é um dia ter de responder a uma das minhas filhas: “não tenho tempo”. Confesso que há dias longos e dias em que a paciência encolhe, mas tento nestes anos livres de preocupações que são os da infância e adolescência fazer delas pessoas felizes e equilibradas. E isso só o amor consegue.
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