Há dias em que uma pessoa sente que não se devia ter levantado da cama ( às 4.30 da madrugada.Ohmmm).Em particular depois de ter estado a ler, “Kongo: Eine Geschichte”, até ser derrotada pelo sono.
Arrastei-me dos lençóis quentinhos para os nove graus exteriores, NOVE, e sem tomar café porque a máquina de café, avariada, ocupa para aí o trigésimo terceiro lugar de uma to do list privada larger than life. A fonte que me podia acudir à sede está fechada e o Clooney mora longe, unfortunately. Há que esperar que cantina da rádio abra para beber o primeiro cappuccino (sofrível) do dia. Ai o apetite, o importantíssímo apetitezinho (já dizia o Eça). Acuso a friagem da manhã e o despotismo dos afazeres.
Terminada a emissão, feitas as pazes com a vida (o meu reino por um cappuccino), navego pelo Facebook, o bazar de ideias (ou da falta delas) do século XXI e uma espécie de consolo para a má disposição. Às vezes. Porque depois de ouvir o viral “Uma canja para a gorda da Merkel” fiquei a ranger os dentes. O gorda alemã é uma tirada boçal, que, como escreve a Helena “mata muitos coelhos com uma cajadada só – mulher, excesso de peso, alemã. Em contas de estocástica, temos aqui quantas combinações de insultos (e alimento de preconceitos) diferentes?”.
Mergulho no trabalho. Entre preparar as emissões seguintes, responder a emails impacientes, e escrever (pouco, menos do queria) seis reportagens em alemão, constato que a bipolaridade está a dar cabo de mim. Em explico: estou a escrever, em simultâneo, sobre os judeus alemães em Lisboa durante a Segunda Guerra e fazer uma análise sobre o impacto económico da nova legislação angolana sobre campanhias petrolíferas .
Só me falta ficar outra vez com salto do sapato preso. Ah e logo à noite tenho uma reunião de pais. Eu bem sabia que devia ter ficado na cama.
Vielspass bei Elternabend….. 🙂
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O Rui é um brincalhão : ) Mas desta vez a reunião até foi razoável.
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