Estou aqui a olhar para mala de viagem por desfazer e a pensar numa passagem de Álvaro de Campos, “Volta amanhã, realidade! /Basta por hoje, gentes! /Adia-te, presente absoluto! “.
Ao lado da mala fechada, esperando a arrumação adiada, construí uma pilha, de equilíbrio instável, de livros, despojos da viagem. No topo o romance “Macunaíma” , índio cuja frase emblemática é “ai que preguiça!”.
Haverá algo mais monótono do que desfazer malas?
Desfazer a mala é ainda mais triste que fazê-la quando a viagem chega ao fim.
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Tem toda a razão Helena. Felizmente que a próxima viagem se aproxima a passos largos : )
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