Deixámos de sentir o encosto dos lábios, o enlaçar dos dedos, o olhar íntimo da noite. Não escutamos o pulsar do sangue, o fascínio das promessas. Vivemos com expectativas enormes. Cépticos, entregamo-nos cada vez menos e pensamos cada vez mais. E se este ainda não for o amor que nos muda a vida? Não queremos morrer sem ter vivido tudo e o tudo está cada vez mais distante. Corremos em vez de vivermos. Arriscamo-nos a descobrir demasiado tarde que não fomos nós que passou pela vida, mas foi ela que nos passou ao largo. Como escreveu Vinicius de Morais “a vida só se dá pra quem se deu/Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu/Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não/ Não há mal pior do que a descrença.”
PS – Para várias das minhas amigas…
Fantastic, gorgeous post! Corremos em vez de vivermos.
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