
O meu interesse pelo outro impele-me para a descoberta. Gosto de pessoas como gosto das viagens. De olhar para elas como mapas, surpreender-me com os caminham que traçam. Desvendar-lhes os mistérios. Gosto de comover-me com os afectos, assistir ao riso em estado puro das crianças. Gosto de ler-lhes a vida na cara, quando o rosto tem uma geografia feita rugas. Faço-lhes perguntas porque quero saber as respostas. Procuro nelas a explicação do mundo. Dispo-me de preconceitos. Às vezes indigno-me ou revolto-me, mas sobretudo agradeço-lhes por me ensinarem o que nenhum livro ou professor pode ensinar.
Casei com a profissão certa, aquela quem tem ao leme a curiosidade.