Nunca tive dúvidas que para entrar na Universidade de Berkeley – uma das mais conceituadas universidades públicas norte-americanas, que exibe uma lista de mais de sessenta prémios Nobel – era preciso ser-se “especial”. Agora a própria Universidade escolheu uma forma pouco ortodoxa de o demonstrar. Os novos alunos de Berkeley ficarão a saber o resultado de um exame antes de terem uma única aula. E os resultados serão expressos em “As”, “Cs”, “Ts” e “Gs”. Como parte do seu processo de orientação os estudantes farão (voluntariamente) um exame genético. Com que objectivo? Desmistificar a genética e promover comportamentos saudáveis (através dos genes é possível detectar, por exemplo, alergia à lactose ou a propensão para determinadas doenças). A Universidade garante a protecção absoluta dos dados pessoais. Pode até ser verdade, mas a mim deixa-me com a pulga atrás da orelha…Defeito de jornalista.