Confesso que manifesto pelo Youtube o mesmo interesse que por uma salada de alface. Considero-o uma espécie de silly season permanente, que convida ao jejum de inteligência e ao pensamento leve . O seu mais recent hit é um tédio, vê-lo é um acto de masoquismo ou não fosse o Youtube a arte do absurdo. A histeria mansa dos jornais internacionais chama-lhe uma “sensação”. Estou a falar de Eduard Khil, um cantor soviético, que está a tornar-se um “caso de sucesso” – dizem os jornais- na Internet com uma canção que a censura da altura obrigou a ser editada sem letra. Khil, atualmente com 75 anos, revelou que o compositor soviético Arkadi Ostrovski escreveu a letra para a música, mas, como as personagens principais eram um cowboy americano e a sua amada, a censura soviética “chumbou-a”, obrigando-o a cantar “ah-ah-ah…oh-oh-oh” durante dois minutos e 42 segundos”.
Há dias em que penso está tudo a enlouquecer e ainda nem deram por isso.
E você interessa-se pela coisa? Se sim oiça